segunda-feira, 2 de julho de 2012

O PROJETO DO OUTRO




O professor e colega Roberto Ferreira da Rocha, da cidade de Posse-GO, desenvolveu um Projeto Interdisciplinar de Ensino e Aprendizagem com a utilização das novas tecnologias, como o computador, o acesso à internet, softwares, vídeos, etc. É importante compreender que a realidade necessita de clareza sobre a dimensão e a intenção do conhecimento, criar possibilidades para construir o processo e disposição para operar as novas tecnologias da informação.
 O Projeto traça um panorama do universo rural brasileiro nos anos de 1930, através da análise detalhada do quadro  “Café” de Cândido Portinari. Na execução do projeto percebemos que foi possível identificar como se davam as relações trabalhistas brasileiras.
Sabemos que o uso das tecnologias tem sido constante e tem  transformado a prática pedagógica e tornado o ensino aprendizagem mais atrativo e agradável. Hoje o educador se apropria do conhecimento das tecnologias para refletir, analisar, comparar possibilidades, atender à necessidade e ao interesse do educando e assim contribuir para a educação. É preciso levar o aluno a agir, interagir e reagir no contexto para expressar-se com autonomia e consciência crítica diante dessa realidade. Os arte/educadores precisam avaliar criticamente e constantemente sua prática pedagógica, assim como necessitam pesquisar, debater, estudar e estar sempre renovando seus conhecimentos, suas metodologias, a fim de  realizar avaliações criteriosas sobre as produções de seus alunos para que estes aprendam fazer apreciações e leituras críticas sobre a sua produção e todas as formas de manifestações culturais presentes em seu meio, numa perspectiva que o leve a intervir em sua realidade, participando de sua história e construindo  uma  identidade sócio cultural sobre a base sólida da  consciência crítica.


terça-feira, 26 de junho de 2012

Histórico do projeto de produção e apreciação da arte popular


A arte nos faz acordar, refletir, observar, pensar, imaginar e consequentemente despertar para a realidade de forma consciente. E quando despertamos através da arte, tomamos consciência de quem somos, nossa história e nossa identidade.
Minha aprendizagem em Projeto Interdisciplinar de Ensino e Aprendizagem 2, foi construída com textos fundamentados, que são importantes para minha formação  profissional e pessoal.
Os textos eram de excelente qualidade, com  recursos pedagógicos que levaram a uma reflexão profunda. Nesta construção de conhecimento, tive o apoio dos tutores, colegas e familiares.
Na primeira semana foi disponibilizado a Entrevista de Clarice Lispector com Augusto Rodrigus, e foi um despertar.  Augusto Rodrigues fala que o conhecimento transcende a atitude, tornando-o algo vivo.  A educação deve ser, portanto, um processo criador. Ele diz, inclusive que "o que mais existe de constante em minha vida é a reformulação dela."
As escolinhas de Artes abriram os caminhos para o surgimento de novas teorias do ensino da arte no Brasil. Considerando a importância da imaginação no desenvolvimento do desenho infantil, defendiam a liberdade na expressividade e o desenvolvimento da imaginação, da memória visual e o desenvolvimento de outras habilidades através do desenvolvimento artístico. Este movimento reformista impulsionou estas tendências de liberação da criatividade através da Arte.
Augusto Rodrigues coloca que a educação deu maior significação à sua vida, porque ela exige um inter-relacionamento com todos os aspectos da vida. Isto quer dizer que educar é envolver-se completamente com a vida, aprendendo com ela e com o outro. É uma experiência coletiva com o conhecimento.

"Ensinar não é senão aprender. E o conhecimento transcende na atitude, não sei se a palavra é transcende - como é que eu poderia explicar? É assim: puramente na atitude, você já transmite o conhecimento ou toma vivo algo por um simples processo de emulação. Educação deve ser um processo tão criador que tudo o que resulte dela seja por contaminação. O que existe de mais constante na vida é a reformulação dela"
 Augusto Rodrigues


Um dos momentos mais inesquecíveis da  Disciplina: Projeto Interdisciplinar de Ensino Aprendizagem  2, foi a apreciação dos...

  
Poemas de Álvaro de Campos


Ah, um Soneto...
Meu coração é um almirante louco
que abandonou a profissão do mar
e que a vai relembrando pouco a pouco
em casa a passear, a passear ...

No movimento (eu mesmo me desloco
nesta cadeira, só de o imaginar)
o mar abandonado fica em foco
nos músculos cansados de parar.

Há saudades nas pernas e nos braços.
Há saudades no cérebro por fora.
Há grandes raivas feitas de cansaços.

Mas — esta é boa! — era do coração
que eu falava... e onde diabo estou eu agora
com almirante em vez de sensação? ...


Poesia e Desenho
A paisagem que postei foi fotografada por mim, no dia 07/02/2012, ao entardecer em Arraial D"Ajuda-BA. Não fiz nenhuma intervenção, pois queria ressaltar a beleza do lugar. Achei que tinha tudo a ver com o Poema: Ah, um soneto...

Contudo
Contudo, contudo, 
Também houve gládios e flâmulas de cores 
Na Primavera do que sonhei de mim. 
Também a esperança 
Orvalhou os campos da minha visão involuntária, 
Também tive quem também me sorrisse. 
Hoje estou como se esse tivesse sido outro. 
Quem fui não me lembra senão como uma história apensa. 
Quem serei não me interessa, como o futuro do mundo. 

Caí pela escada abaixo subitamente, 
E até o som de cair era a gargalhada da queda. 
Cada degrau era a testemunha importuna e dura 
Do ridículo que fiz de mim. 

Pobre do que perdeu o lugar oferecido por não ter casaco limpo com que aparecesse, 
Mas pobre também do que, sendo rico e nobre, 
Perdeu o lugar do amor por não ter casaco bom dentro do desejo. 
Sou imparcial como a neve. 
Nunca preferi o pobre ao rico, 
Como, em mim, nunca preferi nada a nada. 

Vi sempre o mundo independentemente de mim. 
Por trás disso estavam as minhas sensações vivíssimas, 
Mas isso era outro mundo. 
Contudo a minha mágoa nunca me fez ver negro o que era cor de laranja. 
Acima de tudo o mundo externo! 
Eu que me aguente comigo e com os comigos de mim. 


Fiz esta Colagem com recortes de revistas e depois fiz uma interferência no Gimp, usando apenas uma cor. A inspiração veio do Poema: Contudo.

  Arte e a Sociologia

Na segunda Guerra Mundial, a capital  francesa estava ocupada por nazistas, e ao ver uma reprodução do painel Guernica, de Pablo Picasso, um oficial perguntou: “Foi o senhor quem fez isso?”. Picasso respondeu; “Não foram vocês”. É evidente que a responsabilidade pela destruição e pelo bombardeio foi dos alemães, mas Picasso transformou a destruição da aldeia basca pelos aviões nazistas, numa obra prima contra a guerra.
            Aqui no Brasil o pintor Cândido Portinari criou várias obras com temas sociais, era filiado ao Partido Comunista Brasileiro, foi perseguido e fugiu para o Uruguai, e em 1951 voltou ao Brasil. 

O sociólogo alemão Max Weber diz que a ação social em si já é uma reação a uma ação prévia, e que a ordem social não é uma realidade exterior ao indivíduo, mas deriva dele e com ele se relaciona. Cada ação por pequena que seja, provoca uma reação que atinge o autor da ação, mas atinge também a outros. Uma ação individual nunca estará livre de ser uma ação social. Tudo o que você joga para cima cai. E não apenas na sua cabeça.
Os pintores modernos, Pablo Picasso e Henri Matisse, evoluíram sua arte através de uma “conversa” entre suas obras, em um típico processo de ação e reação. Tudo começou quando, em 1905, Matisse pintou um quadro a que chamou Le Bonheur de Vivre. Picasso sentiu-se afetado e estimulado pela obra e respondeu com outra, a Demoiselles d” Avignon, que é tida como primeira pintura cubista. A tréplica de Matisse veio com a radical L”Atelier Rouge, dando continuidade às provocações artísticas, em que cada quadro buscava criar uma nova linguagem, como que aguardando resposta.
Consta que essa relação entre os dois gênios continuou até a década de 40 e foi responsável por uma evolução espetacular da arte de ambos. Além de agradar ao público, eles tinham uma ação particular que provocava uma reação correspondente, em um diálogo contínuo, provocador, singular e belo.

Vale ressaltar alguns pontos que merecem uma atenção especial no aprendizado:
·         Conheci os principais nomes da Bauhaus e hoje consigo identificar a influência deles.
·         Li o livro "De cabeça bem feita", do sociólogo e filósofo francês Edgard Morin.
·         Apreciei a Cartilha Anima Escola
·         Criei o Blog Arte
·         Executei com sucesso o projeto de produção e apreciação da arte popular


Finalizo esta disciplina, confiante de que consegui adquirir conhecimentos valiosos, para a minha formação docente e pessoal! 

Execução do Projeto Arte e Cultura Popular


domingo, 24 de junho de 2012

Relatório de Projeto Interdisciplinar de Ensino


              
                                             Arte e cultura popular


             Todo mundo sabe que o mundo não é dividido em História, matemática, Lingua Portuguesa, etc. È preciso misturar ensino e pesquisa despertando no estudante noções de cidadania e consciência social. Daí a importância de envolver professores de todas as áreas e definir objetivos comuns.
A interdisciplinaridade refere – se a uma nova concepção de ensino e de currículo, baseada na interdependência entre os diversos ramos do conhecimento.
Os projetos constituem um espaço de acordos, negociações e tomadas de decisão para o encaminhamento de questões na perspectiva do grupo envolvido. Neste sentido, a habilidade de dialogar com os alunos e professor constitui um aspecto a ser vivenciado de acordo com os objetivos planejados.
     A Escola Estadual Manoel Aprígio, defende a participação e a construção de uma educação que tenha a realidade da comunidade local. E tem como meta desenvolver projetos e ações inovadoras que serão executadas por todos os segmentos, de maneira coletiva, buscando cumprir de forma democrática, sua função social, voltada para o pleno desenvolvimento do educando, valorizando a transmissão do conhecimento e também as formas de convivência entre as pessoas.
     O projeto Arte e cultura popular foi desenvolvido na Escola Estadual Manoel Aprígio, no dia 06 de Junho de 2012, no turno matutino. Entusiasmados com o projeto interdisciplinar todos os alunos participaram e colaboraram com o desenvolvimento do mesmo de forma envolvente e prazerosa.

            Foram desenvolvidas atividades tais como:


  • Debate e analise de textos sobre o tema proposto elaborados no Power Point e exibidos no  data show para desenvolver nos estudantes uma visão crítica, para  compreender a arte como fato histórico contextualizado nas diversas culturas, conhecendo, respeitando e podendo observar as produções presentes na comunidade, assim como patrimônio cultural e do universo natural, identificando a existência de diferenças nos padrões artísticos e estéticos de diferentes grupos culturais.

·         Criação de arranjos florais, com cestas, vasos e cachepots. Buscando  valorizar a própria produção estética e respeitando a produção do outro.
















terça-feira, 19 de junho de 2012

Material Didático do Projeto: Arte e Cultura


O material didático do projeto: Arte e Cultura, foi feito no Power Point com imagens pessoais de eventos culturais realizados em Alvorada do Norte-GO.  A música instrumental ao fundo é a belíssima Comptine d"un Autre Été: L"apres Midi do francês Yan Tiersen.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

FAÇA BONITO - 18 DE MAIO


Sempre fui muito bem recebida nas Escolas do município de Alvorada do Norte e acredito que será um sucesso o desenvolvimento do projeto: "Arte e Cultura Popular". No dia 18 de Maio realizei palestras sobre o Dia Nacional de Combate ao Abuso e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes na Escola Estadual Manoel Aprígio e a direção da escola, juntamente com os professores me apoiaram totalmente. Já estive na escola em diversas ocasiões diferentes e conheço a realidade da mesma.

domingo, 3 de junho de 2012

A Escola Estadual Manoel Aprígio


Vou desenvolver o meu projeto interdisciplinar na Escola Estadual Manoel Aprígio. O Manoel Aprígio, como é conhecido, ocupa uma extensa área do bairro de Alvoradinha, apresenta em sua entrada principal muitas plantas, e no pátio ao fundo um campo de areia, cercado por  poucas árvores. Possui também um grande pátio coberto, salas de aula espaçosas, banheiros, biblioteca, cantina, laboratório de informática, sala da direção e da coordenação pedagógica, sala de reuniões e vídeo.